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Título
A categoria 'violência obstétrica' no debate público brasileiro : uma reflexão interdisciplinar sobre movimentos, embates e articulações
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Resumo
Por meio da articulação de diversas fontes e do diálogo entre Ciência Política, Antropologia e Saúde Coletiva, pretendeu-se compreender alguns aspectos do desenvolvimento da categoria “violência obstétrica” no debate público brasileiro. Foram utilizados dados referentes à observação em audiências públicas, entrevistas semi-estruturadas, cursos de doula e de capacitação para enfrentamento à violência obstétrica, bem como análise de leis, documentos e material midiático sobre a temática. Percebeu-se que, ao enquadrar o problema no âmbito dos direitos sexuais e reprodutivos e ao entender a violência obstétrica enquanto violação de direitos humanos, o movimento de “humanização” do parto e nascimento nos permite refletir sobre os limites da cidadania das mulheres. Ao mesmo tempo, ao mapear a construção dessa categoria de violência, notou-se também a mobilização de alguns termos como “autonomia”, “escolha” e “protagonismo” com diferentes sentidos e justificando pautas distintas, a depender dos sujeitos que os utilizavam. Dessa forma, indica-se também a produção de sentidos em âmbitos que vão além da interação médico-paciente e ultrapassam as experiências da gestação e do parto.
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Referência
FRANÇA, Ruhana Luciano de. A categoria 'violência obstétrica' no debate público brasileiro: uma reflexão interdisciplinar sobre movimentos, embates e articulações. 2020. 58 f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciência Política)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
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