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Título
Violência obstétrica e racismo
Data de publicação
13/12/2022
Legenda
De acordo com o portal Geledes, o racismo se expressa em todas as dimensões do nosso cotidiano, está introjetado em cada um de nós e nas nossas relações sociais. Entretanto, os serviços de saúde têm a responsabilidade de oferecer serviços de qualidade para todos. Discriminação racial ou de qualquer outra natureza atentam contra a sua idoneidade e função social — defende a médica.
Na avaliação de Emanuelle Goés, a violência e o racismo obstétrico são problemas que iniciam na aprendizagem dos profissionais sobre as práticas relacionadas à gestação. Ela cita como exemplo o médico Marion Sims, considerado referência na ginecologia moderna, que realizava cesáreas em mulheres negras escravizadas, nos Estados Unidos, sem utilizar anestesia.
— Essa lógica de que mulheres negras aguentam mais dor tem essa raiz, não é algo aleatório — analisa.
Por isso, a pesquisadora defende que, para reverter o cenário, é preciso repensar essas práticas no campo de formação profissional médica e de enfermagem.